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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Prisioneiros portugueses durante a II Guerra Mundial

A neutralidade portuguesa não impediu que portugueses lutassem nos vários campos de batalha da Europa dos anos 30 e 40 do século passado e acabassem por sofrer o cativeiro na sequência dessa particpação.

Entrada do Campo de Prisioneiros de Vernet onde estiveram presos várias dezenas de Portugueses durante a II Guerra Mundial.

Na guerra civil de Espanha os Viriatos e outros voluntários lutaram  com os nacionalistas rebeldes de Franco, enquanto do outro lado das trincheiras se encontravam portuguese republicanos, comunistas e anarquistas.

Terminado este “ensaio” do que viria a ser a II Guerra Mundial, os homens seguiram destinos distintos. Entre os nacionalistaas, muitas dezenas fizeram vida profissional no exército de Franco, enquanto os do outro lado - algumas centenas - atravessavam a fronteira para França, escapando à prisão e, possivelmente, à morte.

A França do princípio de 1939 colocou-os em campos de internamento até encontrar melhor solução. Os campos foram-se esvaziando através de repatriamentos ou outros destinos. Quando rebentou a II Guerra Mundial sobravam muitos comunistas, então aliados dos alemães. Mantê-los presos foi uma solução óbvia.

 Reportagem sobre prisioneiros portugueses da II Guerra Mundial. Na imagem prisioneiros comunistas no campo francês de Vernet.

No campo de Vernet juntaram-se esses combatentes da guerra civil a portugueses indocumentados, a presos de delito comum ou a elementos civis que pertentes a associações de índole comunista.

A rendição da França abriu a porta à possibilidade de trabalharem na Alemanha. Quando se dá invasão da Rússia pelos Nazis tudo muda… Alguns destes portugueses vão terminar o seu cativeiro em campos de concentração alemães. Vários morrem por lá.

 Cristina Clímaco recorda Tomás Vieira um português que morreu em cativeiro.

Na Rússia cerca de centena e meia de portugueses envergou a farda da divisão azul, uma unidade espanhola que lutou ao lado dos nazis. Pelo menos dois foram aprisionados e percorreram vários campos de prisioneiros. De um perdeu-se o rastro, mas outros conseguiu regressar a casa.

 As famílias dos prisioneiros na Rússia não sabiam que se ele estavam vivos ou mortos, explica Ricardo Silva.

Os investigadores Cristina Clímaco e Ricardo Silva seguiram o rasto destes homens e contaram parte das suas histórias. A reportagem foi emitida na Antena 1 na tarde do dia 1 de Dezembro de 2014…

Carlos Guerreiro

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